Durante a gravidez ocorrem muitas mudanças que podem ser minimizadas com tratamentos como a drenagem linfática. O organismo passa por várias adaptações e alterações fisiológicas para sustentar e desenvolver o feto e preparar o corpo para o parto.
Que mudanças físicas esperar?
- Aumento do fluxo sanguíneo;
- O coração bate mais rápido;
- Aumento da quantidade de ar que é inspirado e expirado;
- Queda do cabelo;
- Aumento do volume, peso e tecido do útero;
- Aparecimento de estrias e manchas na pele;
- Aumento das mamas e mamilos mais sensíveis;
- Maior frequência e vontade para urinar;
- Mudança postural: o eixo de equilíbrio se desloca, acentuação da lordose e as pernas ficam mais afastadas;
- Aumento da quantidade de tempo para passagem da comida no sistema digestivo, levando a prisão de ventre;
- Inchaço.
O inchaço deve-se a 2 motivos principais:
- O aumento do útero comprime a veia cava (veia que transporta o sangue do abdómen e membros inferiores para o coração), dificultando o retorno venoso;
- A progesterona facilita a retenção de água.
Sendo assim, a circulação desacelera e o sangue/líquidos/linfa acumulam-se nas pernas, pés e tornozelos.
Que benefícios tem a drenagem linfática na gravidez?
- Diminuição do inchaço nas pernas e pés;
- Diminuição da retenção de líquido;
- Previne a sensação das pernas cansadas;
- Melhora a circulação sanguínea;
- Melhora a nutrição e oxigenação dos tecidos;
- Aumenta a eliminação de toxinas;
- Alivia a dor e tensão muscular;
- Promove o relaxamento e bem-estar geral;
- Acelera a recuperação pós-parto.
É de extrema importância saber que:
- A drenagem linfática pode ser feita a partir das 12 semanas de gestação, de 1 a 2 vezes por semana.
- Deve-se consultar o médico obstetra ou fisiatra antes de começar as sessões. Eles poderão indicar clínicas de fisioterapia seguras, com profissionais de confiança, especializados em drenagem a grávidas.
- O bebé não corre nenhum perigo, uma vez que a drenagem ativa apenas o sistema linfático. Os fisioterapeutas não mexem nas regiões próximas ao bebé.
- Há duas posições seguras para a mãe e o bebé: de barriga para cima e deitada para o lado. Caso não se sinta confortável, deve avisar o fisioterapeuta.
Atenções a ter
Embora a drenagem linfática seja um excelente tratamento durante a gravidez, está contraindicada em alguns casos, como por exemplo:
- Gravidez de risco;
- Hipertensão descontrolada;
- Insuficiência renal;
- Trombose venosa profunda;
- Doenças relacionadas ao sistema linfático.
A drenagem linfática no pós-parto é um cuidado extra que permite recuperar mais rapidamente dos efeitos da gravidez. Contribui, ainda, para uma imagem mais positiva, ao fazê-la sentir-se mais feliz com seu corpo e aparência. Tudo porque ajuda a diminuir a retenção de líquidos e eliminação as toxinas e resíduos metabólicos.
Sabia que:
- Na maioria das vezes, os médicos permitem que a drenagem seja feita logo após o parto?
- Quem fez cesariana também pode fazer drenagem. Em alguns casos, o obstetra aguarda pela cicatrização completa, o que pode demorar de 1 a 2 meses.
Uma ajuda preciosa
A drenagem linfática manual na gravidez deve ser feita por um fisioterapeuta qualificado, pois, nestes casos, a técnica de massagem requer cuidados especiais com o posicionamento durante a aplicação. É fundamental ter o domínio da localização dos linfonodos e a pressão das mãos é um elemento essencial para o resultado desejado.
Uma drenagem linfática mal feita pode induzir o parto, pois existem pontos no nosso corpo que estimulam e podem provocar um parto prematuro. Quando realizada por profissionais competentes, não oferece riscos à gestante.
Por ativar a circulação, facilitar a troca de nutriente, diminuir a retenção de líquido e eliminar as toxinas do corpo, a drenagem linfática manual beneficia as grávidas submetidas ao tratamento. É possível observar uma diminuição considerável do edema e alívio dos sintomas de dor, formigamento e sensação de pernas pesadas.
Texto da autoria da terapeuta Manuella Rodrigues.