O QUE É?
O edema linfático ou linfedema é uma condição caracterizada por um aumento de volume de uma determinada região do corpo devido a uma drenagem deficiente do sistema linfático, causando um aumento assimétrico do diâmetro e alterações na pele.
Os vasos linfáticos são os canais que transportam a linfa filtrada pelos gânglios linfáticos no corpo funcionando como uma rede que faz parte do do sistema imunológico do corpo humano e levam as células a atuar contra as infeções instaladas, contra infeções e retiram as células mortas dos tecidos e se situam entre os capilares. O sistema linfático transporta vários tipos de resíduos para fora do corpo, ou seja, proteínas, produtos de degradação metabólica, substâncias inflamatórias ou gordura da cavidade abdominal, podendo transportar até 4 litros de linfa purificada à circulação do sangue.
Os vasos linfáticos estão presentes em quase todo o corpo, exceto no sistema nervoso central, na medula óssea, nos músculos esqueléticos – apenas no tecido conjuntivo que os reveste – e em estruturas não-vascularizadas.
CAUSAS
O edema linfático pode ser classificado em:
- Primário ou congénito: É causado por uma má formação das vias linfáticas ou dos gânglios linfáticos ou a ausência de vias linfáticas. Na maioria dos afetados, um linfedema primário ocorre antes dos 35 anos.
- Secundário: É causada por uma alteração ou obstrução de causa conhecida. As causas podem ser das mais variadas, sendo:
> Inflamações que tenham formação excessiva de de líquidos em relação ao que as vias linfáticas conseguem transportar;
> Lesões das vias linfáticas, por exemplo, cirurgias;
> Tumores malignos com acumulação de células cancerígenas;
> Lesões causadas por radiação, onde há aderência das paredes das vias linfáticas.
SINAIS E SINTOMAS
O primeiro sinal é o edema de tecidos moles podendo associar-se a sensação de peso, tensão e dificuldade de movimentar o membro afetado.
Podem ser classificados em 3 estágios:
Estágio 1: O edema faz compressão e a área afetada volta, frequentemente, ao normal pela manhã;
Estágio 2: O edema não causa compressão e há inflamação crónica do tecido mole que provoca fibrose;
Estágio 3: O edema é irreversível devido a fibrose dos tecidos moles.
TRATAMENTO
O objetivo do tratamento é reduzir o edema do membro afetado.
O tratamento não-cirúrgico é composto por fisioterapia, uso de meia de compressão, fármacos, exercícios e orientação dos cuidados do dia-dia.
A fisioterapia é um excelente método no seu combate, pois na primeira fase, é realizada a drenagem linfática manual no corpo todo, com objetivo de de estimular a eliminação do líquido para fora dos tecidos e aliviar a compressão causada pelo edema.
As contrações musculares e alongamentos podem ser benéficos pois ajudam no retorno linfático.
A pressoterapia é uma vertente da fisioterapia que nestes casos também pode ser utilizada, sendo uma drenagem linfática por meio de um aparelho.
Pode ser administrada soluções e cremes com pH neutro, dado que é crucial a limpeza e cuidado com a pele. Além disto, pode ser necessário, a terapia de compressão com a utilização de meias de compressão para efeito de reduzir o edema.
O linfedema é uma doença crónica e ocorre em sua maioria, em um dos membros. Por isto, os utentes devem ser aconselhados sobre as modificações e cuidados do dia-a-dia.
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