Esclerose Múltipla e Esclerose Lateral Amiotrófica

A Esclerose Múltipla e a Esclerose Lateral Amiotrófica são doenças degenerativas distintas, apesar de terem algumas características em comum. Explicamos a forma como se manifestam, as abordagens terapêuticas e a importância da Fisioterapia na sua contenção. 

Esclerose Múltipla

A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença degenerativa, progressiva e imprevisível, resultando em alguns casos de incapacidades e limitações a nível físico, psicológico e social. 

A esclerose múltipla atinge o sistema nervoso central, afetando particularmente a mielina. Esta bainha que rodeia, alimenta, protege e isola eletricamente as extensões dos neurónios (designados de axónios), permite a rápida e adequada transmissão de impulsos. Nesta patologia a mielina é destruída, impedindo assim uma adequada comunicação entre o “encéfalo” e o corpo. 

Por outro lado, o processo inflamatório que ocorre nesta doença lesiona as próprias células nervosas, causando perda permanente de diversas funções, dependendo das zonas afetadas. 

Atinge com maior incidência o género feminino e surge mais frequentemente no jovem adulto (entre os 20 e os 50 anos).

Não existe um padrão definido para a EM e todas as pessoas com EM têm um conjunto diferente de sintomas, que variam ao longo do tempo e podem mudar em termos de gravidade e duração, mesmo na mesma pessoa.

Esclerose Lateral Amiotrófica

A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma doença neurológica degenerativa, progressiva e rara. 

Na ELA, os neurónios motores que conduzem a informação do sistema nervoso central (SNC) aos músculos do nosso corpo, passando pela medula espinhal, morrem precocemente. Como resultado, estes músculos, que nos permitem realizar movimentos, ficam mais fracos.

Esta doença é mais frequente entre os 40 e 75 anos, sendo a maioria acima dos 60 anos. Atinge com maior incidência o género masculino e a raça caucasiana. 

Primeiro sintomas

esclerose

Apesar de ainda não existir cura para estas duas doenças, existe uma panóplia de fármacos, alguns eficazes na sua contenção e/ou no tratamento sintomático.

A reabilitação é fundamental, logo numa fase precoce da doença, com o objetivo de:

  • Manter ou aumentar amplitudes articulares
  • Melhorar o equilíbrio e padrão de marcha
  • Aliviar sintomas como a fadiga, espasticidade e dor

Além disso, é também muito importante na fala (Terapia da Fala), nas alterações do funcionamento da bexiga e intestino e na presença de alterações do padrão respiratório (derivados da fraqueza muscular), podendo ser necessário recorrer a assistência ventilatória durante a noite e/ou durante o dia.  

A fisioterapia com base no exercício é, por isso, um componente da gestão abrangente, com o objetivo de melhorar e manter a função e a autonomia, promovendo o bem-estar físico, psicológico e emocional, convergindo numa melhor qualidade de vida. 

Como em muitas outras patologias, os sintomas e condicionalismos da Esclerose Múltipla e da Esclerose Lateral Amiotrófica podem, frequentemente, ser minimizados com estilos de vida saudáveis.

O descanso apropriado, uma alimentação saudável, a prática de exercício físico e a prevenção de comportamentos de risco (como o consumo de álcool ou tabaco) são importantes para retardar a progressão das doenças. 

Texto da autoria da Fisioterapeuta Catarina Pino.

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Dr. André Yee

Línguas: Português, Inglês, Chinês (Cantonês).

Clínica:

Médico Especialista em Medicina Física e de Reabilitação.
Mestrado em Ecografia Musculoesquelética e Intervencionismo Ecoguiado.
Pós-Graduação em Medicina Desportiva.

Áreas de Intervenção: