Nutrição como estratégia de prevenção e tratamento de lesões

A lesão, especialmente em atletas de alto rendimento, é um acontecimento praticamente inevitável.

Uma das principais variáveis exploradas como estratégia de prevenção e tratamento de lesões é a nutrição. Existem várias soluções nutricionais que podem ser implementadas para reduzir o risco de lesão e diminuir o tempo de recuperação de uma lesão, maximizando, desta forma, a performance do atleta.

> Estratégias nutricionais para prevenir e tratar lesões

  • É fundamental que os atletas não apresentem uma ingestão calórica abaixo das suas necessidades, pois este é um importante fator de risco para lesões ósseas. Nos casos onde o paciente tem dificuldade em exercitar-se, é recomendável consumir elevadas quantidades de proteínas e HC ajustada às necessidades de cada atleta, para não perder massa magra.
  • É crucial, principalmente para a saúde dos ossos, tendões e ligamentos, que não haja deficiências alimentares, especialmente baixa ingestão de proteínas ou vitamina C, D, cobre, ómega 3 ou cálcio inadequadas. Isso destaca a importância dos atletas terem acesso a suporte nutricional qualificado para ajudá-los a atingir os seus objetivos sem comprometer a sua saúde. Os peixes gordos (como o salmão, o atum e a cavala), os frutos secos e o abacate são ricos em ómega 3, uma gordura saudável com propriedades anti-inflamatórias, que pode auxiliá-lo na redução contra as dores articulares.
  • Vitamina D: Está bem estabelecido que muitos atletas são deficientes em vitamina D devido à falta de exposição à luz solar. Evidências emergentes sugerem que as deficiências de vitamina D podem prejudicar a regeneração muscular após exercícios prejudiciais, tanto in vitro quanto in vivo. A suplementação deve ser acompanhada por um profissional, feita de acordo com os níveis séricos que apresenta, e sensibilidade à luz solar.
  • Vitamina C e E: Foi alegado que o aumento da produção de radicais livres, durante o treino, aumenta a magnitude do dano muscular após o exercício e, portanto, alimentos ricos em vitaminas C e E podem reduzir o tempo de recuperação. A literatura, no entanto, sugere que não há necessidade de suplementação. A Vitamina C contribui para a prevenção e redução da inflamação e ajuda na reconstrução do tecido após uma lesão, podendo ser encontrada em alimentos como a laranja, kiwi, pimento e os brócolos.

  • Polifenóis: Alega-se que os polifenóis podem atenuar os danos musculares causados pela inflamação e aumentar a produção de radicais livres. Uma dieta rica em polifenóis (frutas e vegetais) pode ser a melhor estratégia para aumentar a recuperação de exercícios prejudiciais, em vez de suplementação específica. As cerejas de Montmorency (Prunus cerasus) são sugeridas para ajudar a melhorar a taxa de recuperação da função muscular após danos, bem como reduzir a dor muscular e a inflamação, especialmente em atletas que consomem uma dieta pobre em polifenóis.

  • Creatina: A creatina monohidratada é um dos suplementos mais utilizados para apoiar os ganhos de força e massa magra. A suplementação demonstrou atenuar a perda de massa e força muscular do braço durante a imobilização do membro, bem como aumentar a hipertrofia muscular após a imobilização da perna. Recomenda-se 20 g/dia por 5 dias, seguido de 5 g/dia nos restantes.

Deve-se enfatizar que, sempre que possível, a “comida em primeiro lugar”, em vez de depender de suplementos. Quando a suplementação for considerada necessária (por exemplo, deficiências de vitamina D diagnosticadas), os atletas devem procurar aconselhamento adequado de pessoal qualificado com conhecimento atualizado da contaminação do suplemento e regulamentos antidoping.

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Dr. André Yee

Línguas: Português, Inglês, Chinês (Cantonês).

Clínica:

Médico Especialista em Medicina Física e de Reabilitação.
Mestrado em Ecografia Musculoesquelética e Intervencionismo Ecoguiado.
Pós-Graduação em Medicina Desportiva.

Áreas de Intervenção: