A mastectomia é um procedimento cirúrgico de remoção de uma ou ambas as mamas, que está indicada para pessoas diagnosticadas com cancro da mama.
Pode ser:
- Parcial, quando apenas uma parte do tecido mamário é removido;
- Total, quando a mama é retirada por completo;
- Radical, quando além da mama são retirados os músculos e tecidos próximos, que podem ter sido afetados pelo cancro.
A mastectomia também pode ser realizada de forma preventiva, a fim de diminuir o risco de desenvolvimento de cancro da mama em pacientes que possuem risco moderado por fatores genéticos, ou com o intuito estético (redução ou aumento da mama).
Este procedimento cirúrgico pode gerar complicações, nomeadamente:
- Necrose cutânea;
- Disfunções respiratórias;
- Linfedema;
- Lesões nervosas;
- Distúrbios de sensibilidade;
- Complicações cicatriciais;
- Restrições funcionais;
- Alterações posturais;
- Dor e disfunções articulares do ombro, tais como alterações das amplitudes de movimento e/ou perda de força muscular (exemplo: dificuldade em levantar o braço ou pegar em pesos, como os sacos de compras).
A fisioterapia é uma ferramenta crucial na reabilitação funcional, tanto na pré como na pós-mastectomia, de forma a prevenir e reabilitar estas complicações. A intervenção da fisioterapia, no pré-operatório, tem como objetivo principal conhecer as alterações prévias e verificar fatores de risco para o pós-operatório, para que seja possível traçar um diagnóstico e realizar uma intervenção precoce.
A intervenção da fisioterapia inclui outros objetivos, tais como:
- Diminuição da dor no pós-operatório;
- Prevenção ou tratamento do linfedema;
- Prevenção ou correção de alterações posturais;
- Promoção do relaxamento muscular;
- Manutenção do movimento do membro superior homolateral; – Suavização da aparência da cicatriz, reduzindo as aderências.
A reabilitação funcional é realizada com exercícios de alongamento muscular e alongamento/mobilização de todos os tecidos envolventes. Os exercícios ativos e ativosassistidos (de força muscular) do membro superior vão restabelecer a força deste e da região torácica, de forma a minimizar a atrofia muscular e auxiliar a função respiratória.
Em suma, a reabilitação funcional pós-mastectomia é essencial, pois os pacientes que realizam fisioterapia diminuem o tempo de recuperação e aceleram a retoma às suas atividades quotidianas, ocupacionais e desportivas. É esperado que recuperem a amplitude dos movimentos, a força, a coordenação e a autoestima.
Assim sendo, a fisioterapia apresenta-se como uma ferramenta indispensável para o restabelecimento da função física e reinserção laboral, social e funcional.
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